Uma iniciativa do Ministério Público do RS, em parceria com a Prefeitura de Gravataí, por meio das secretarias de Inovação, Ciência e Tecnologia (SMICT) e de Educação (SMED), está levando smartphones apreendidos em casas prisionais para as mãos de alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Madalena, no bairro Rincão da Madalena.
A entrega de dez aparelhos ocorreu na sede da Promotoria de Justiça de Gravataí.
Estiveram presentes a diretora Elaine Teresinha Bernardes da Silva; a presidente do Conselho Escolar e vice-diretora do turno da tarde Salete Lazzaron; o secretário Rafael Bordin; a aluna da turma 51, 5ª série Camila Lagarreta da Silveira e o aluno da turma 52, também 5ª série Diogo Cadernal de Oliveira, representando a escola; a secretária da SMICT, Selma Fraga; Aurelise Braun Neves Moreira; Arlan Silva de Vargas; Tuane Dihl; Carina Soares e Aline Tossi, da SMED, além da promotora de justiça criminal Ana Carolina de Quadros Azambuja e da assessora de promotor de Justiça, Bruna Gnoatto Heinze.
A iniciativa do MP-RS faz parte do projeto Alquimia II, que se iniciou durante a pandemia com o objetivo de recuperar telefones celulares apreendidos para que fossem usados por estudantes de escolas públicas em ensino remoto. Além de Gravataí, outros municípios já foram contemplados, começando por Osório e Maquiné, e depois em Lajeado, Santiago, São Borja e Bento Gonçalves. Esta é a terceira entrega que Gravataí realiza, tendo sido a primeira no último dia 5 de março para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus, do bairro Cruzeiro; e a segunda no último dia 25 de abril para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Osório Ramos Corrêa, do bairro São Jerônimo.
Após apreendidos, antes de serem destinados às escolas, os celulares são encaminhados ao Laboratório de Projetos em Engenharia da Escola Politécnica da PUC, onde passam por processos de higienização, formatação, troca de peças, quando necessário, e instalação dos aplicativos que serão usados pelos estudantes. Depois disso, retornam ao MP-RS e são entregues em excelentes condições à escola, aptos para uso, com carregador e bateria.
A Emef Santa Madalena trabalha com o método de ensino de “metodologias ativas”, que são estratégias de ensino que têm por objetivo incentivar os estudantes a aprenderem de forma autônoma e participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que os estimulem a pensar além, a terem iniciativa, a debaterem, tornando-se responsáveis pela construção de conhecimento.
– O uso das metodologias ativas no âmbito escolar é um forte aliado na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio do conceito de rede conectada de saberes que promove o desenvolvimento de todos. Causa impactos na formação integral do indivíduo, devido às atividades influenciarem o diálogo, a reflexão e a criticidade, desenvolvendo competências que são essenciais para a sociedade contemporânea, a sociedade do conhecimento, que está imersa em tecnologias de informação e comunicação – disse a diretora Elaine Teresinha.
Sendo assim, a escola pretende criar um acervo de telefones celulares para o uso coletivo em sala de aula. A escola dispõe de internet, e proverá recursos por meio de ações entre parceiros para aquisição dos chips. O acervo estará disponível para o uso nas salas de aula através de agendamento prévio do professor, de acordo com o plano de ensino da turma, sendo um recurso que possibilitará aos alunos o acesso a uma ampla variedade de conhecimentos, jogos e conteúdos educativos, complementares à sua educação formal.
– O projeto pretende melhorar o rendimento dos alunos em sala de aula, favorecendo inclusive o aumento do interesse deles pelas atividades. Será considerado satisfatório se aumentar os índices educacionais, bem como a redução da infrequência e repetência – concluiu Elaine.
– Com os smartphones que estamos doando, a escola poderá aprimorar cada vez mais a interatividade com os alunos em sala de aula, resultando em uma série de outros benefícios a nível escolar. Esse é o propósito do projeto Alquimia, que é a transformação – disse a promotora de justiça criminal Ana Carolina de Quadros Azambuja.
– Estamos muito felizes em poder conectar uma escola tão importante em nosso município a potencializar a qualidade da educação e o engajamento da comunidade escolar. Esperamos que essa doação possa contribuir significativamente para o sucesso do projeto de acervo de celulares da escola e para o bem-estar de toda a comunidade – disse a titular da SMICT, Selma Fraga.
Ao longo dos próximos meses, são planejadas mais entregas para outras instituições de ensino do município. Diversos projetos estão em análise para o recebimento dos smartphones.