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Herói gremista concorrerá a deputado por Gravataí
Eliseu Monteiro, o Carazinho, no fim da tarde de 26 de novembro de 2005 se escondeu no banheiro para não assistir ao pênalti que poderia prender o Grêmio pelos pés ao inferno da Segundona. Até os gritos da filha Julia anunciarem o inacreditável: Galatto defendeu, o Grêmio ganhou do Náutico com sete em campo e o goleiro de Gravataí virou o herói da Batalha dos Aflitos, eternizada num DVD o qual ainda se arrepia ao assistir.
Ao meio dia desta segunda, presidente do PPS de Gravataí, enquanto sonda a ex-candidata a prefeita Anabel Lorenzi (PSB) e o vereador Dilamar Soares (PSD), Carazinho colheu um autógrafo diferente do ídolo. Rodrigo Galatto assinou ficha no partido.
Morador do Alphaville em Gravataí, Galatto pendurou as chuteiras em janeiro. Aos 34 anos, com a fama de segurar a grana como catava bolas com firmeza em seu auge no Grêmio, o agora ex-goleiro recusou propostas para continuar jogando e investiu em uma peixaria, a Calamares Peixes & Frutos do Mar, na Anápio Gomes, ao lado do amigo Daniel Kampff – seu fiel escudeiro desde os 10 anos de idade, quando os dois se criaram na parada 72.
Galatto já é apresentado com a camisa 23 do PPS para concorrer em outra batalha no ano que vem, a Batalha das Urnas. É pré-candidato a deputado federal e fará dobradinha com a deputada Any Ortiz, chefona do partido no Rio Grande do Sul e herdeira da família proprietária do Asun.
A Bombonera de 2018 mostrará o lugar de Galatto entre os ídolos recentes do Grêmio: se escalado no time de craques do voto, como Danrlei e Jardel, ou no banco de reservas das urnas, como Dinho e Carlos Miguel.
