Que a política de Gravataí tem funcionado como uma placa de petri da zorra nacional, brinco sempre.
Por obvio que não como experimento, ou tecnologia reversa, mas aparentemente como método.
Candangos de Brasília mimetizam ratinhos de teste da aldeia.
Em governos, assim foi nos golpeachments contra a prefeita Rita Sanco e a presidente Dilma Rousseff, cassadas por ‘pedaladas’ e sem nenhuma acusação de corrupção.
Em eleições, Daniel Bordignon ‘pediu música no Fantástico’ em impugnações de candidaturas, como um Lula sem condenação criminal por corrupção e lavagem de dinheiro, e como consequência tentou e/ou ascendeu ‘postes’ ao poder.
Só trago novamente o ‘era uma vez na aldeia’ porque Michel Temer sublimou a expressão golpeachment, que por anos uso e causa desconforto em golpistas e simpatizantes, mas, sem torcida ou secação, nada mais é do que o dever jornalístico de chamar as coisas pelo nome que elas têm.
Segunda, no Roda Viva, naquilo que já virou o inevitável meme da ‘entrevista com vampiro’, o ex-presidente eleito para ser vice chamou de “golpe” o impeachment de Dilma.
Sábado, Janaína Paschoal, o ‘Cláudio Ávila’ da cassação de Dilma, já tinha confessado a farsa:
– Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil? – tuitou.
Exatamente como aconteceu com Rita em Gravataí.
Se eu já ouvi incontáveis vezes, de interesseiros e interessados, de diferentes políticos, envolvidos a uma distância próximo ou continental, que a prefeita foi cassada naquilo que se chama golpe político, imagine quantas vezes já escutou isso a própria professora, impedida no Dia dos Professores de 2011?:
– A Rita é uma mulher honesta.
Honesta e cassada, desculpas à parte.
Como dizia Paulo Francis, “Godzilla morre no fim, mas faz um estrago dos diabos”.
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