série das convenções

O PT e o fim dos personalismos

Adelaide e Valter participaram de ventos públicos já no domingo após a convenção do partido

Encontro do partido no sábado à tarde era a convenção de uma só estrela: a militância. Pior momento do partido é vivido com intensidade pelos que ficaram

 

O Seguinte: abre hoje a série sobre os bastidores das convenções do partidos que disputam a eleição deste ano com candidaturas majoritárias contando como foi o encontro do PT, sábado à tarde – sempre com o socorro das notas numeradas:

 

1.

O PT está vivendo a era do fim dos seus próprios personalismos. Desde que Daniel Bordignon deixou o partido no final de março deste ano, o partido vem buscando na militância o protagonista indiscutível que lhe falta para eleição.

Terá 25 candidatos a vereador – todos formados em sua própria militância.

A lista fechada só será conhecida na sexta. A convenção autorizou a direção do partido a fazer ajustes na nominata até o dia 5 de agosto

 

2.

O PT faz uma aposta em suas melhores chances na eleição: mostrar ao eleitor que o que se fez é obra do partido, e não de um prefeito individualmente.

Vai se chocar de frente com Daniel Bordignon, do PDT.

– Tudo o que se fez pela cidade não é obra de uma pessoa só – repeteriam, quase como um mantra, os que se sucederam no microfone da convenção.

 

: Valter fez discurso durante a convenção que o aclamou como candidato

 

3.

Valter Amaral é o candidato. Professor, concorreu em 1996 e 2000 a vereador. Foi secretário de todos os governos do partido desde então – é nessa condição que vai disputar o legado petista na cidade.

O mesmo legado que Daniel Bordignon disputa para si.

– Só que ele participou de apenas dois governo do PT. Eu, dos quatro – brinca Valter.

Valter pertence à corrente interna Esquerda Democrática, ligada ao deputado federal Henrique Fontana e à deputado estadual Stella Farias. O candidato do PT a prefeitura de Cachoeirinha, Leonel Matias, também é da Esquerda Democrática.

 

4.

Sua companheira de chapa, Adelaide Klein, é da Articulação de Esquerda. Foi secretária de Administração até os últimos dias do governo Rita Sanco. Também trabalhou no IPE e na Secretaria de Políticas Públicas par Mulheres do Governo do Estado, na gestão de Tarso Genro.

Adelaide é do grupo político Avante 21, que tem como referência a deputada federal Maria do Rosário.

Também eram cotadas à indicação Odete Pacheco – ex-conselheira tutelar e amiga pessoal para ex-prefeita Rita Sanco – e da jovem Caroline Duarte, que milita na Juventude do PT e o grupo da professora Fabiani Rios, ex-mulher de Sérgio Stasinski.

 

5.

O PT tem mais do que uma campanha pela frente: tem uma reconstrução. Vai defender não só o legado de seus quatro governo na cidade, mas a própria razão de sua existência – um partido de esquerda, que defende a participação popular e as políticas públicas para os grupos mais excluídos da sociedade.

Não à toa, a palavra que mais se ouviu pela convenção é 'resistência'.

 

6.

Nem só de política, no entanto, viverá o partido nos próximos dias. Parte dos candidatos a vereador da sigla não foram devidamente registrados como filiados na Justiça Eleitoral quando assinaram com o partido.

O presidente do PT, José Melo, disse ao Seguinte: que já informou a falha ao Tribunal Regional Eleitoral para correção e um membro da direção municipal foi nomeado para apurar as razões do problema.

– Até sexta devemos ter uma resposta do TRE – prevê Melo.

Caso não consigam o registro, não descartam uma ação para garantir que todos os candidatos do PT possam concorrer na eleição.

 

7.

Os próximos dias também serão de expectativa para militância do PT e sua nominata. Desde a semana passada, a ex-prefeita Rita Sanco vem recebendo apelos diversos para concorrer a uma vaga na Câmara.

Nesta terça pela manhã, ela e sua corrente política, a Democracia Socialista, devem retomar a discussão iniciada ainda no sábado, pesando prós e contras da decisão.

Rita teme que os efeitos da cassação de 2011 impeçam seu registro como candidata. A ex-prefeita, no entanto, foi absolvida na Justiça de tudo o que lhe acusaram na época, o que lhe garantiria pelo menos uma discussão jurídica a respeito dos próprios direitos políticos.

Se concorrer, o PT espera que ela seja a grande puxadora de votos da legenda do partido, carente de grandes nomes dispostos a enfrentar as urnas.

– Seria a nossa melhor chance de eleger um vereador – comentou um nome ligado à Rita.

 

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Assista o que Valter Amaral disse ao Seguinte: no dia da convenção do PT:

 

 

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