Agora é oficial: o presidente nacional Roberto Jefferson veio a Porto Alegre dar posse ao ex-prefeito de Gravataí e ex-deputado federal Edir Oliveira como presidente estadual do PTB. E, por que não, do bolsonarismo raiz no Rio Grande do Sul onde em março mais se morreu do que nasceu, como tratei ainda neste sábado em Nunca se morreu tanto: Gravataí teve mais óbitos do que nascimentos em março; A virulência da COVID-19.
– O PTB no Brasil e no Rio Grande do Sul estará a cada dia mais forte e unido, alinhado com os mesmos propósitos e ideais de preservação do legado cristão, conservador e de respeito e proteção à família – discursou Jefferson, acrescentando:
– Aqui reunimos pessoas com o mesmo pensamento, os mesmos ideais e convicções. O Edir é um irmão que conheci na peleja e muitos anos temos uma amizade sólida e respeito recíproco.
– A minha trajetória política é petebista e muito me orgulho dessa história. É com respeito e muita responsabilidade que aceito o convite de retomar os ideais políticos do PTB no Rio Grande do Sul. Me sinto muito honrado por estar aqui com o nosso presidente nacional, Roberto Jefferson, hoje uma das figuras políticas de maior destaque no Brasil – agradeceu Edir, que assume o cargo pela segunda vez.
Ao fim, reputo uma cerimônia sem máscaras.
Diz muito Jefferson, Edir e quase todos na cerimônia posarem para fotos sem proteção, assim como fez o presidente Jair Bolsonaro logo após mais um dia de recorde de mortes pela COVID-19 no Brasil: 4.229 – foi como se, em 24 horas, 20 Airbus caíssem em solo brasileiro.
Fato é que Edir foi consagrado o cara de Jefferson e, por consequência, de Bolsonaro no Rio Grande do Sul.
A conversão do gravataiense a essa tara ideológica já tinha assustado, e também agradado, muita gente em O ’cara’ de Bolsonaro e Roberto Jefferson; Edir preside PTB gaúcho com pacote completo: comunismo, nova ordem mundial, satanismo e tratamento precoce para COVID e Ex-prefeito de Gravataí justifica o ’Kit Satanás’.
Não consigo parabenizar Edir. Confesso assistir com pesar a esse episódio da história da aldeia. Nego Mateus: quis ver para não crer.
