Pense em uma pessoa que adora um drama (daquelas que assiste ao filme só por saber que vai ter choradeira no final): essa sou eu. E se for baseado em fatos reais, melhor ainda, são os meus favoritos.
Por isso, as dicas deste sábado são de filmes beeeem dramáticos, que estão no Netflix, e que contam a história de algum personagem da vida real.
O primeiro, talvez você já tenha assistido (pois foi lançado em 2014), mas é impossível não citá-lo: O invencível. Produzido e realizado por Angelina Jolie, o filme é baseado no livro de não-ficção, Unbroken: A World War II Story of Survival, Resilience, and Redemption, de Laura Hillenbrand.
O invencível conta a vida de Louis Zamperini, atleta olímpico, que sofre um acidente de avião e cai em pleno mar durante a Segunda Guerra Mundial. Ele passa 47 dias no oceano – junto com outros dois amigos – e, quando finalmente consegue encontrar uma embarcação, é capturado pelos japoneses e enviado para uma série de campos de prisioneiros de guerra.
Ou seja, quando você pensa que finalmente o pobre homem vai ser resgatado e irá levar uma vida boa, aí é que os problemas e sofrimento começam de verdade. E por isso, eu adoro este filme. Além de cenas fortes e muito bem feitas, ele é bastante imprevisível. Não irei contar o final para vocês (#ContraSpoiler). Se você não assistiu, faça o favor de adicionar na sua lista e me diga depois o que achou.
Assista ao trailer
Minha segunda sugestão é um filme que assisti há pouco mais de um mês e que também entrou para a lista “os dramas favoritos da Bruna”. Lançado em janeiro deste ano, com direção de Mel Gibson, Até o Último Homem foi uma das grandes surpresas da temporada do Oscar, para o qual conquistou seis indicações – filme, direção, edição, mixagem de som, edição de som e ator, com Andrew Garfield (isso mesmo, aquele jovem que já interpretou Homem-Aranha).
O filme conta a história de Desmond Doss, o primeiro soldado a alegar imperativo de consciência (ato de oposição e consciente ao cumprimento de obrigação legal) que foi condecorado com a Medalha de Honra do governo americano.
Doss se recusava a pegar em armas e a matar, por motivos pessoais e religiosos, mas mesmo assim se alistou no exército durante a Segunda Guerra Mundial porque acreditava ser a coisa certa a fazer.
Depois de uma batalha sangrenta em Okinawa, salvou sozinho algo entre 50 e 100 soldados feridos, deixados para trás no alto de um penhasco quando a companhia bateu em retirada.
O mais interessante, é que mesmo quando é hostilizado – e até agredido – pelos colegas, por não querer carregar armas, Doss se manteve fiel aos seus princípios (e esta é a grande mensagem do filme). Seu trabalho de resgate foi tão imprescindível, que em uma das últimas batalhas, seus companheiros se negaram a voltar ao campo de batalha se ele não estivesse junto.
Uma reportagem da Veja sobre o filme diz que Desmond Doss resistiu até quase o fim de sua vida a vender os direitos para Hollywood – ele morreu em 2006, aos 87 anos.
Ao final do filme, é possível ver algumas cenas reais de sua condecoração.
Claro que a produção traz todos os detalhes e os motivos de Doss de não querer usar armas, como ele chegou até o exército e o que isso acarretou para a família. Mas, vou parar de dar detalhes. Deem uma espiadinha no trailer.
Assista ao trailer
Com esse frio, reúna a família em baixo das cobertas e vá curtir um destes dramas. Nos encontramos no próximo sábado.