entrevista

Stédile ainda não fez nada contra impeachment de Miki

José Stédile é ex-prefeito de Cachoeirinha, ex-deputado federal e secretário estadual de Obras e Habitação

José Stédile falou sobre a ameaça de impeachment do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB), eleitos com sua bênção em 2016, em Cachoeirinha.

Entre uma agenda, outra e mais uma como secretário de Obras e Habitação do governo Eduardo Leite (PSDB), o presidente licenciado do PSB gaúcho atendeu ao Seguinte: neste início de noite de foi o velho Stédile de guerra: cauteloso, escorregadio, até.

 Prefeito por oito anos – entre 2000 e 2008 –, e que fez dois sucessores (Vicente Pires, entre 2009 e 2016) e Miki, Stédile é sem dúvida o político de Cachoeirinha que mais conhece ex, atuais e futuros vereadores.

Siga trechos da entrevista, onde também fala da saída de Anabel Lorenzi do PSB de Gravataí.

 

Seguinte: Ainda não havias te pronunciado sobre o processo de impeachment enfrentado por Miki e Maurício.

Stédile – A correria está grande, estamos em início de governo. Tenho me mantido calado, porque acho que é a melhor forma de ajudar a achar bom desfecho. A experiência me diz que é bom esperar acalmar um pouco os ânimos para agir.

 

Seguinte: – Desde o impeachment de Rita Sanco em Gravataí Daniel Bordignon vive sob a suspeita de não ter se esforçado o suficiente para socorrer a candidata eleita com seu apoio. Não temes o mesmo?

Stédile – Avalio que se eu me mexer agora afasto as pessoas em vez de unir.

 

Seguinte: – É correto interpretar que, pelo que dizes, acreditas em uma salvação de Miki por dentro do PSB?

Stédile – Sim.

 

Seguinte: – Tens falado com Miki?

Stédile – Não. E antes que interpretem errado, não por evitá-lo, mas porque aqui é uma confusão do cão.

 

Seguinte: – Stédile ajudou a articular o impeachment, como propagam teorias da conspiração?

Stédile – Olha, tem teorias que apontam para os dois lados! Uns dizem que vivo abraçado ao Miki, outros que quero derrubá-lo. Não participei de nada.

 

Seguinte: – Talvez ninguém em Cachoeirinha conheça melhor os políticos do que você. Miki escapa da cassação?

Stédile – É uma opinião pessoal: acredito que Miki não será impitimado. A não se que apareça algum fato novo. E não me refiro a compra de vereadores, essas coisas, mas a alguma nova denúncia, que acredito não acontecerá.

 

Seguinte: – O susto, caso não ocorra uma tragédia, serve de reflexão para o governo e o partido?

Stédile – É sempre importante reavaliar posição. O governo não é de um só partido. As relações com a sociedade tem que estar sempre sob avaliação.

 

Seguinte: – O sangramento de um processo de impeachment dificulta uma reeleição de Miki?

Stédile – Não é hora de falar sobre isso.

 

Seguinte: – Aproveitando: como avalias a saída de Anabel do partido, depois de concorrer a prefeita de Gravataí em 2012, 2016 e 2017?

Stédile – Ela já vinha demonstrando descontentamento dentro do partido, mas acho que a saída tem mais a ver com a candidatura dela a prefeita com apoio de Daniel Bordignon. Não temos grandes diferenças ideológicas. PSB e PDT são partidos próximos. Acredito inclusive que ela também enfrente problemas pelas posições mais à esquerda. Mas respeito muito Anabel, quando entre nós sempre foi excelente militante.

 

Seguinte: – Trocar PSB por PDT inviabiliza um apoio a ela para Prefeitura de Gravataí em 2020?

Stédile – Não, mas vamos discutir com todos. Acho que temos a melhor nominata de candidatos a vereador. São mais de 60 nomes, que precisamos reduzir para 30. Sexta conversei com o presidente e Paulo Silveira se mostrou aberto a conversarmos com todos os partidos.

 

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