Marco Alba aderiu às lives.
Só nesta semana já foram três: uma anunciando que as pontes do Parque dos Anjos, antes previstas para outubro, ficarão prontas mais de um mês antes; outra mostrando o funcionamento de dois caminhões comprados para o serviço de tapa-buraco nos bairros e vilas e mais uma mostrando ao vivo a conclusão de trecho assumido pela Prefeitura no asfaltamento da Artur José Soares.
Vestindo camisa para fora das calças e mangas dobradas, o prefeito se comunica informalmente e, de seu jeito, inclusive orienta o cinegrafista.
– Bom almoço – conclui, buscando uma conversa direta com quem acompanha ao vivo, na última – e mais longa – das transmissões pelo Facebook, a qual analiso pelo peso político e, possivelmente, indicar uma mudança de postura de Marco e do governo ao fugir um pouco da tradicional discrição ao criticar governos e ‘o mecanismo’.
– Então, para ficar claro, convênio com o governo do estado e com o governo federal é fatal para o governo municipal – disse, com máquinas operando ao fundo, às margens dos 1,2 quilômetros onde a Prefeitura investe mais de um milhão em recursos próprios para que a estrada não ficasse apenas com uma ilha de asfalto, já que os governos estadual e federal não estão cumprindo o cronograma das obras.
– Geralmente os repasses atrasam, as obras param, as empresas desistem e vão embora. E depois nós saímos no Fantástico como se tivéssemos culpa de obras inacabadas. O prefeito paga um custo político muito caro – lamentou Marco, lembrando reportagem da Rede Globo que usou Gravataí como exemplo entre cidades do país com creches inacabadas.
Na live, Marco relata o que está acontecendo na estrada que é parte da ‘Rota Turística’, caminho projetado por ele com a perspectiva de ligar o aeroporto Salgado Filho, Freeway, 030 e 020, desenvolvendo a região e acelerando o caminho até a Serra gaúcha.
– Rompemos o convênio com o governo federal, em que a obra seria feita por emendas parlamentares, porque a Caixa Federal tinha dificuldades nos repasses, já que a garantia dos ministérios nunca é segura – explica, sobre o trecho concluído sexta fica entre o Guadalajara e onde, traduzindo, houve calote da União.
O trecho agora está ligado aos 600 metros feitos por empresa que desistiu das obras e, conforme o prefeito, também está há um ano e três meses sem receber do governo federal.
O cronograma prevê ainda mais 4 km que iniciam na 020, em Morungava, e outros 1,4 km a partir da 030, que inclui o trevo da parada 103.
– As obras estão paradas porque o governo estadual não passou os recursos – disse Marco, anunciando para os próximos dias “outras notícias em relação ao trevo” e não descartando “assumir a obra com recursos próprios, caso as condições financeiras permitam”.
O convênio com o Estado chega aos R$ 2,7 milhões e é parte de contrapartidas do loteamento Breno Garcia, a ‘cidade dentro de Gravataí’, onde até 2020 estarão residindo quase 10 mil pessoas.
Mesmo que não viralize como o bordão aquele de cinco anos atrás, do menino Marcos Joaquim Martinelli, neto da vó Salvelina que se notabilizou pelo vídeo do ‘Marco Véio’, a sentença do prefeito “Gravataí não merece esse tipo de tratamento que recebemos do estado do Rio Grande do Sul e de Brasília” está lá, gravada no Grande Tribunal das Redes Sociais, e você assiste clicando aqui.
Como está conseguindo entregar obras, experimenta um pouco do ‘contra o que está aí’. Enfim, Marco Alba ‘tacou-le pau’.
LEIA TAMBÉM