Eliseu Padilha restaria feliz.
Está mais do que selada a paz entre dois dos políticos de seu MDB com os quais mais tinha afinidade o falecido ministro: o vice-governador Gabriel Souza e o ex-prefeito Marco Alba.
O ‘Grande Eleitor’ de Gravataí, que defendia candidatura própria, apoiou Onyx Lorenzoni (PL) e não Eduardo Leite (PSDB) em 2022; então ainda carregando a alcunha de ‘anti-Leite’, a partir da polêmica entre os dois quando o Mercado Livre anunciou a desistência de investir em Gravataí.
Como governador em exercício, Gabriel recebeu nesta quinta-feira, no Palácio Piratini, além de Marco, a deputada estadual Patrícia Alba e a bancada de vereadores do MDB: Alan Vieira, que é presidente do partido na aldeia; Alison Silva, presidente da Câmara; Áureo Tedesco, ex-vice-prefeito que é líder da bancada; Claudecir Lemes, que deixou a liderança do governo Luiz Zaffalon com a saída do prefeito do partido, e Márcia Becker, a vereadora da causa animal.
Conforme post de Alan no Instagram, o encontro serviu para reforçar demandas de Gravataí, “em especial o andamento da obra do acesso da RS-118 em Gravataí e a necessidade de uma escola de ensino médio no Breno Garcia, para atender melhor a população da região”.
– O Gabriel Souza é um grande parceiro em nosso partido. E Gravataí, por meio dos governos liderados pelo MDB, recuperou sua capacidade de investimentos, possibilitando entregas significativas para a nossa população – disse Alison.
Os Alba já tinham cumprido agendas com o governador em exercício em Gravataí nesta semana, o que reportei em Agenda em bairro nobre e periferia confirma reaproximação entre casal Alba e vice-governador Gabriel Souza; A III Guerra Política de Gravataí avança sutil, ou nem tanto.
Ao fim, reproduzo a conclusão do artigo sobre a agenda anterior, que é uma consequência do rompimento entre Zaffa e Marco, que reportei em artigos como Declarada III Guerra Política de Gravataí: Zaffa vai sair do MDB para enfrentar Marco Alba; Bem-vindo à política, prefeito! e Bomba em Gravataí! Nota do MDB é um aceite da guerra entre Zaffa e Marco Alba e III Guerra Política de Gravataí: o que diz Zaffa sobre a nota do MDB e sua desfiliação.
Leiam Guerra e Paz, de Tolstói, para compreender. Ninguém é candidato de si mesmo. “A soma das vontades fez a revolução”, está lá, entre as 1255 páginas da primeira parte e às 2528 da segunda.
Um comandante em chefe nunca se encontra no início de nenhum acontecimento, condição em que nós sempre encaramos um acontecimento. Um comandante em chefe sempre se encontra no meio de uma série de acontecimentos em curso.
De modo imperceptível, minuto a minuto, o acontecimento toma a forma do seu significado, e a cada momento dessa coerente e ininterrupta transformação do acontecimento, o comandante em chefe está no centro de complicadas manobras, intrigas, preocupações, dependências, poderes, projetos, conselhos, ameaças, embustes, encontra-se o tempo todo na necessidade de responder a uma quantidade inumerável de perguntas que lhe são propostas, sempre contraditórias entre si.
São os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos: na III Guerra Política da Aldeia, pós Abílio x Oliveira, Bordignon x Stasinski – definição que não gostam nem um, nem outro, porque estão preocupados com a governabilidade que preserva os ‘civis’, os moradores de Gravataí – assim avançam Zaffa e Marco Alba; vezes sutis, outras nem tanto.
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