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Verão do racionamento e falta de água: Prefeituras pressionam Estado por minibarragens para solucionar Rio ’seco’ Gravataí

Granpal pede agilidade na construção de microbarragens no Rio Gravataí

O alerta para a falta de água para abastecimento público, da indústria e da lavoura com a seca no Rio Gravataí foi feito por prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) ao governador em exercício, Gabriel Souza, no Palácio Piratini. A construção de 13 microbarragens no Rio Gravataí que devem auxiliar o abastecimento em épocas de seca como a que se passa nesse momento foi a principal reivindicação na reunião que também teve a presença da deputada estadual Patrícia Alba.

O prefeito de Gravataí Luiz Zaffalon tinha antecipado na quinta-feira a estratégia de pressionar o governo estadual na entrevista ao Seguinte: Um ano de governo, 1h com Zaffa: balanço e perspectivas; ’Tem dinheiro, mas também muito o que fazer em Gravataí’.

O custo projetado não é maior do que R$ 2 milhões.

É uma medida que tem apoio do presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Gravatahy, Sérgio Cardoso.

Zaffa lembrou que os problemas com a estiagem e a construção de barragens é um tema antigo e o Rio Gravataí é um importante manancial para o abastecimento de mais 500 mil pessoas.

– A construção de 13 micro barragens vai dar perenidade ao Rio Gravataí e os investimentos não são tão altos. Essas obras foram autorizadas pela Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional), mas não tivemos nenhum andamento nesse sentido. E nosso apelo é que precisamos começar a tratar de uma vez desse tema para que essas cidades não fiquem sem abastecimento futuramente – ressaltou.

Zaffa lembrou que, desde 2018, o Estado tem autorização para fazer o estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) e, até agora, não o fez.

– Assim, corre o risco de perder os recursos de projetos e da execução das microbarragens. O Rio Gravataí é de responsabilidade do Estado, por meio da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental).

O prefeito também alertou que se perdurar por mais 15 dias a seca pode ser necessário o racionamento de água ou até o desabastecimento por total de várias cidades. 

Os baixos níveis de água das bacias hidrográficas, pela falta de chuva e altas temperaturas, podem ocasionar racionalização ou até falta de água em diversas cidades da Região Metropolitana.

O presidente da Granpal e prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, defendeu um plano de curto, médio e longo prazo a ser seguido para evitar problemas de abastecimento nas comunidades.

– Aqui é uma demonstração de como a humanidade está tratando mal o meio ambiente e isso pode ocasionar em falta de água em diversos municípios. Precisamos dar continuidade a essa agenda de discussões, principalmente a curtíssimo prazo, porque ninguém pode ficar sem água – afirmou.

Melo também propôs que uma reunião seja marcada pela Granpal, com a presença dos prefeitos, e representantes do governo.

 

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O governo, com a presença também do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Luiz Carlos Busato, e do presidente da Corsan, Roberto Barbuti, disse que as liberações ainda não estão com a Metroplan e estão sendo analisadas pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), mas há interesse em agilizar os processos.

De acordo com a Corsan, para aliviar os problemas a curto prazo, a companhia está mudando pontos de captação de água e instalando balsas para a captação de água, mas admite que pode chegar a um limite que se precise partir para o racionamento.

 

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Assista entrevista completa com Zaffa

 

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