RAFAEL MARTINELLI

Vereador Fernando Deadpool ‘está’ no governo do prefeito Zaffa em Gravataí; O ‘Ser Político’

Vereador Deadpool e sua Brasília amarela

O vereador Fernando Deadpool (sem partido) está bem representado na base do governo Luiz Zaffalon (sem partido), em Gravataí.

Marcelo Melo Inácio foi demitido da chefia de gabinete do vereador – mais alto cargo de indicação dos parlamentares na Câmara – e teve a nomeação publicada no Diário Oficial desta segunda-feira com Assessor Especial do Gabinete do Prefeito, com salário de 8.827,97 mensais.

Após a deflagração da III Guerra Política de Gravataí – Zaffa x Marco Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon x Stasinski – é o segundo vereador de oposição a entrar na base governista; o primeiro foi Bombeiro Batista (sem partido).

Deadpool é o mesmo que responde a ação assinada pelo prefeito e pelo vice-prefeito Dr. Levi Melo (Republicanos) por episódio envolvendo médica em posto de saúde; leia em Tem peso da assinatura do prefeito o novo pedido de Comissão de Ética que pode levar até a cassação do vereador Fernando Deadpool; Saiba o que diz ofício de Zaffa à Câmara de GravataíVereador mais próximo ao prefeito Zaffa também pede Comissão de Ética para Fernando Deadpool; A Câmara ‘Pelada Em Gravataí’, Bomba política em Gravataí: Cláudio Ávila aciona Comissão de Ética que pode cassar Deadpool. Simers faz denúncia por ações nas UPAs; “Vão tentar me calar, prezo por minha segurança”, reage vereador e Vereador mais próximo ao prefeito Zaffa também pede Comissão de Ética para Fernando Deadpool; A Câmara ‘Pelada Em Gravataí’.

Ao fim, é Zaffa tendo que ser político, não mais o outsider da campanha, quando foi eleito com 51% dos votos sem nunca antes na história dessa cidade ter disputado uma eleição.

Lembra-me – o que Zaffa e Dr. Levi estão aprendendo – o ‘Ser Político’, verbete do Millôr e entidade que transcende esquerda, direita ou nem-nem:

Ser político é engolir sapo e não ter indigestão, respirar o ar do executivo e não sentir a execução, é acreditar no diálogo em que o poder fala e ele escuta, é ser ao mesmo tempo um ímã e um calidoscópio de boatos, é aprender a sofrer humilhações todos os dias, em pequenas doses, até ficar completamente imune à ofensa global, é esvaziar a tragédia atual com uma demagogia repetida de tragédia antiga, é ver o que não existe e olhar, sem ver, a miséria existente, é não ter religião e por isso mesmo cortejar a todas, é, no meio da mais degradante desonra, encontrar sempre uma saída honrosa, é nunca pisar nos amigos sem pedir desculpas, é correr logo pra bilheteria quando alguém grita que o circo pega fogo, é rir do sem-graça encontrando no antiespírito o supremo deleite desde que seu portador seja bem alto, é flexionar a espinha, a vocação e a alma em longas prostrações ante o poder como preparação do dia de exercê-lo, é recompor com estoicismo indignidades passadas projetando pra história uma biografia no mínimo improvável, é almoçar quatro vezes e jantar umas seis pra resolver definitivamente o problema da nossa subnutrição endêmica, é tentar nobremente a redistribuição dos bens sociais, começando, é natural, por acumulá-los, pois não se pode distribuir o pão disperso, e é ser probo seguindo autocritério. E assim, por conhecer profundamente a causa pública e a natureza humana, estar sempre pronto a usufruir diariamente do gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele insuportáveis vantagens.

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