Vereador policial federal de Gravataí chama Jefferson de ‘bandido”, mas relativiza atentado; O político e o policial

Não esperava algo diferente.

O vereador de Gravataí que usa alcunha Policial Federal Evandro Coruja (PP) chamou Roberto Jefferson de “bandido” por jogar granadas e disparar com fuzil em policiais federais ao resistir a prisão domingo, o que tratei em Bolsonaro foi frouxo – para não dizer cúmplice – ao passar pano para o vagabundo que atirou granadas em policiais; Ah, se fosse o Zé Dirceu…. Mas, lamentavelmente, mostrou ser um bolsonarista raiz ao, com um comportamento que parece de membro de seita, relativizar o atentado de terrorismo político; pior: cometido contra seus colegas.

Reproduzo o Twitter e, abaixo, sigo.

Reputo ao criticar, em um mesmo post, “decisões de Alexandre de Moraes”, o vereador enfraquece sua crítica a um criminoso ter atirado em colegas policiais federais.

Fizesse em outro post, ok. Apresentando argumentos jurídicos ou não. Mas no episódio de domingo estamos falando de um presidiário que agora acrescenta a sua ficha criminal um processo por quatro tentativas de homicídio.

José Dirceu foi preso. Lula foi preso, cumpriu quase dois anos de pena e hoje, por ter respondido a um processo contaminado, é um cidadão inocente, como já tratei em Lula é inocente, goste ou não o senhor Ernani Piccoli.

Mais: Dilma foi vítima de um golpeachment.

Não se ouviu nenhum tiro. Granada acredito ninguém imaginava até aquele que foi presidente do partido de Bolsonaro, e empregou o filho 03 no gabinete parlamentar, atirá-la contra policiais que, acreditando não estarem em situação de risco, foram cumprir a ordem judicial de camiseta, sem colete e arma no coldre.

Receberam tiros que, estivessem dentro da viatura, pelos pontos atingidos, teriam deixado seus rostos irreconhecíveis aos familiares em seus sepultamentos.

Ao fim, ao menos o PF Coruja tipificou Jefferson corretamente: bandido.

Em 22 de dezembro de 2021 o vereador foi baleado durante operação policial que acompanhava em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma área de milicianos financiados por rachadinhas suspeitas de ligação com a família Bolsonaro, como está detalhado em ‘PICA DO TAMANHO DE UM COMETA´’ – EXCLUSIVO: rachadinha de Flávio Bolsonaro financiou prédios ilegais da milícia no Rio, mostra investigação do MP e Entenda quais provas da ‘rachadinha’ contra Flávio Bolsonaro ainda valem.

Reportei em Vereador de Gravataí PF Coruja e criança são baleados em operação contra milícia em favela do Rio.

A única diferença entre os dois episódios é que, em um, o político branco e rico tentou matar policiais e saiu sem algemas, compartilhando sorrisos com um PF; no outro, num morro de pobres e pretos, foi força de tiros e um menino de 5 anos restou baleado.

Nem falo nas operações em morros que mataram 17, 23 e 30 ‘criminosos’, no mesmo ano. ‘Dá um Google’ para saber mais.

Ao fim, obrigado por ter chamado Jefferson de bandido, Vereador Policial Evandro Coruja. Mas, se me permite, e cada um que avalie se isso é bom ou ruim, ao misturar uma questão política com uma questão policial, o senhor se mostra mais um político do que um policial.


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