Gravataí registra mais de um caso e meio (0,6) por dia da COVID-19, desde a confirmação da primeira infecção, em 24 de março.
As mulheres são as mais atingidas pandemia: 11, dos 19 casos, ou 57,8% de pacientes contaminados pelo SARS-CoV-2 são do sexo feminino.
A média de idade geral de 43,16 anos também mantém o fenômeno nacional que apresentei em COVID 19 rejuvenesce em Gravataí; siga perfil dos casos: entre as mulheres, ficva em 45,45 e entre os homens 40.
Cinco das confirmações são de profissionais da saúde, além de familiar de profissional de saúde que contraiu a doença.
Com três suspeitas descartadas apesar de apresentarem os principais sintomas da COVID-19, como a síndrome respiratória aguda grave, três mortes foram descartadas e Gravataí não tem nenhum óbito registrado oficialmente.
Onze casos ainda estão em análise, ou seja, aguardando o resultado dos exames feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Já são 203 notificações, 173 descartadas.
Os casos de pacientes curados já chegam a 5.
A COVID-19 já chegou a 15 bairros de Gravataí: Centro (3), Neópolis (2), São Jerônimo (2), Sítio Gaúcho (2), Oriçó, Rincão da Madalena, Morada do Vale I, São Vicente, Jardim Timbaúva, Santa Cruz, Cohab C, Vila Branca, Parque dos Eucaliptos, Bonsucesso e Parque dos Anos.
Siga os casos e, abaixo, sigo.
: 19º caso – Homem, 43 anos, bairro Neópolis, profissional de saúde.
: 18º caso – Mulher, 32 anos, bairro Oriçó, profissional de saúde.
: 17º caso – Homem, 43 anos, bairro Centro.
: 16º caso – Mulher, 58 anos, bairro Neópolis, profissional da saúde.
: 15º caso – Mulher, 31 anos, bairro São Jerônimo.
: 14º caso – Mulher, 44 anos, bairro Rincão da Madalena, profissional de saúde.
: 13º caso – Homem, 51 anos, bairro Morada do Vale I, profissional de saúde.
: 12º caso – Homem, 63 anos, bairro Sítio Gaúcho.
: 11º caso – Mulher, 27 anos, bairro São Vicente.
: 10º caso – Homem, 43 anos, bairro Jardim Timbaúva.
: 9º caso – Mulher, 29 anos, bairro Santa Cruz.
: 8º caso – Mulher, 33 anos, bairro Cohab C.
: 7º caso – Mulher, 33 anos, bairro Vila Branca.
: 6º caso – Mulher, 42 anos, bairro São Jerônico.
: 5º caso – Mulher, 32 anos, bairro Parque dos Eucaliptos.
: 4º caso – Homem, 35 anos, bairro Bonsucesso.
: 3º caso – Homem, 52 anos, bairro Centro.
: 2º caso – Mulher, 44 anos, bairro Sítio Gaúcho.
: 1º caso – Mulher, 41 anos, bairro Parque dos Anos.
Gravataí é 12º no ‘ranking’ do novo coronavírus entre os 113 município responsáveis pelo 1094 casos no Rio Grande do Sul, que registra 1096 infectados; 34 mortes (3,1%); 358 (32,6%) em recuperação e 704 (64,2%) recuperados.
No Brasil já são 52.995 casos, com 3.670 mortes, uma taxa de letalidade de 6,9%.
No mundo são 2.865.938 infectados e 200.698 óbitos – quase uma Gravataí (281 mil habitantes) de mortes.
Conforme o modelo matemático que apliquei em É moralmente homicida pressão pela volta da ’vida normal’; o que fará Gravataí?, a partir de 3.196 testes feitos no Distrito Federal, que obtiveram uma taxa de confirmação de 1,43%, Gravataí teria potenciais 4 mil infectados SARS-CoV-2 caso toda a população fosse testada.
Não há ninguém com febre, tossindo ou reclamando de falta de ar ao seu lado? Estudo da Science, uma das mais importantes publicações científicas do mundo, indica que 86% dos portadores do coronavírus não tem sintomas relevantes, mas serão responsáveis por 79% das transmissões.
Dos infectados, 15% poderão precisar de tratamento e 5% de internação em uma unidade de tratamento intensivo. No caso de Gravataí, corresponde a potenciais 600 pacientes precisando de leitos hospitalares e 200 necessitados de internação em UTI.
Como já tratei em artigos como Gravataí, Cachoeirinha e Viamão tem mais casos de COVID 19 que UTIs; o 11 de setembro, temos hoje apenas 12 leitos de UTI. Em Porto Alegre, referência para tratamento da COVID-19, são 560, sendo 66,43% delas ocupadas pelas mais diversas enfermidades, como comprova painel de controle de UTIs do governo do RS que reproduzi também em É moralmente homicida pressão pela volta da ’vida normal’; o que fará Gravataí?.
Ao fim, em um momento que o número de mortes pelo novo coronavírus dobra a cada 5 dias no Brasil, em um ritmo que supera EUA e Europa, estamos também a 5 dias do comércio reabrir em Gravataí, como tratei em Como Gravataí e Cachoeirinha vão sair do distanciamento social; conheça os estudos.
Aguardemos a apresentação pelo governo Marco Alba das medidas e evidências científicas que garantam alguma segurança na saída do distanciamento social – esse fake que experimentamos, já que na média entre dados do governo gaúcho e do Google, não chega à metade da população.
Neste sábado, a Sociedade Riograndense de Infectologia emitiu nota contrária ao “afrouxamento” do isolamento social.
– Ainda que tenhamos menos casos do que muitos outros estados do país, e a razão é justamente essa, está mostrando um sucesso em controlar a ocorrência de casos graves em pouco tempo, o que faz com que o nosso sistema de saúde local consiga dar conta sem nenhum problema – assina o presidente da SRGI, Alexandre Schwarzbold, comparando com São Paulo e outros estados.
– Imagina se a gente abre um processo, sem controle algum, em que a gente vai ter, de modo exponencial o aparecimento de casos, o sistema de saúde não vai dar – conclui.
Já tinha trazido ao Seguinte: alerta do chefe da Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre:
– Estudos orientam relaxamento das medidas somente após 10 semanas de isolamento – advertiu Eduardo Sprinz.
Em Gravataí, chegamos hoje a cinco semanas.
Concluo como no artigo A vida em Gravataí não volta ao ’normal’ dia 1º de maio: não adianta torcida ou secação, simpatia ou reza. Precisamos estar preparados para um novo adiamento, ou por uma reabertura seguida de nova quarentena e, conforme a virulência do SARS-CoV-2, até um lockdown. Fato é que sem ‘cura’, e com a projeção mais otimista de especialistas por uma vacina apenas em 2022, não adianta negacionismo: a vida não vai voltar ao ‘normal’ depois do dia 30.
LEIA TAMBÉM
EXCLUSIVO | Pesquisa mostra que Gravataí aprova o ’fecha tudo’ de Marco Alba
Os milhares de Gravataí que estão no grupo de risco da COVID 19; teste se você escapa
Vítimas da COVID 19 devem ser cremadas em Gravataí; caixão fechado
Parem Gravataí que eu quero descer!; declaro-me Inimigo do Povo, amigo da vida
Clique aqui para ler a cobertura do Seguinte: para a crise do coronavírus
