Prefeito participou da reunião da Granpal com o governador Eduardo Leite esta manhã
Prefeitos da Região Metropolitana empossados em 1º de janeiro tiveram nesta quarta-feira, 6, o primeiro encontro com o governador Eduardo Leite (PSDB) para tratar de assuntos ligados ao distanciamento controlado e ao combate à pandemia. Virtual, é claro – já que os protocolos da bandeira 'mais para preta do que para vermelha' não permitem.
A reunião, tratada diretamente entre a Granpal sob a presidência da ex-prefeita de Nova Santa Rita Margarete Ferretti (PT) e Leite, deu ao prefeito Jairo Jorge (PSD) a oportunidade de fazer pelo menos quatro pedidos ao governador gaúcho. Maneco Hausse (PT), ex-prefeito de Taquari e presidente da Famurs, também participou do debate.
O blog teve acesso à fala de Jairo na reunião e desdobra, agora, os assuntos tratados por ele.
1.
Mais leitos de UTI no HU
Jairo ofereceu parte do espaço do Hospital Universitário, o HU, para receber mais 15 leitos de UTI destinados a pacientes com o novo coronavírus. A Prefietura ainda apura uma divergência entre o número de UTIs informado até dezembro – 50 – e a que foi constatada agora – 38.
2.
Aumento da testagem
O prefeito de Canoas sugeriu a aquisição de novos testes antígenos, como os que tem sido comprados por um consórcio de municípios no Sul do Estado. Na região metropolitana, o teste público mais comum é o PCR, que leva mais tempo para ser confirmado e acaba criando um gargalo de demanda no Laboratório do Estado, o Lacen. "É um teste rápido, que leva cerca de 15 minutos para identificar o elemento positivo para Covid. Isso é fundamental para o gerenciamento das UPAs e dos leitos", lembra o prefeito.
Além disso, Jairo lembra que há notícia de falta de insumos para manter os testes PCR o que também provoca atrasos na divulgação dos resultados.
3.
Modelo de distanciamento
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, defendeu um modelo de distanciamento mais flexível e a sugestão será levada ao Comitê Gestor de Combate à Pandemia do Estado. Eduardo Leite concordou em ampliar o compartilhamento de decisões.
Jairo acrescentou em sua fala a necessidade de que se mantenha uma divisão de responsabilidades entre o Estado e os Municípios quanto aos protocolos de enfrentamento à Covid-19. "Deixo a sugestão de um modelo intermediário entre o impositivo e o indicativo", comentou. "Um processo de progressa que precisa ser avaliado pela equipe técnica do governo".
4.
Vacinação
Jairo propôs que os prefeitos e o governador voltassem a se reunir no final de janeiro para decidir sobre a compra da vacina caso o Governo Federal não o faça. O Ministério da Saúde prometeu para hoje o anúncio de um calendário de vacinação nacional e um programa para distribuir as doses aos municípios. "Acho que não temos que fazer disputa com o governo federal, mas precisamos ajudar. E não podemos ficar para trás", disse.
Nas contas do prefeito, a imunização de 200 mil pessoas pode ser feita com cerca de R$ 22 milhões. "Isso é 4% do meu orçamento para Saúde, 1% da arrecadação anual. Isso se recupera provavelmente em dois meses de retomada em uma cidade livre de Covid", avalia Jairo. "O efeito econômico paga isso, mas uma coisa é um prefeito individualmente fazer, outra coisa é o governo".