Os políticos de Gravataí e Cachoeirinha estão integrados na articulação nacional para permitir a compra de vacinas por estados e municípios na Guerra da COVID.
As doses enviadas pelo Ministério da Saúde são insuficientes, como já projetei em Sem doses, Gravataí e Cachoeirinha vão demorar mais de um ano para vacinar; Hoje é 56 de dezembro de 2020 e a 'ideologia dos números' – e rostos – mostra que pandemia está em seu pior momento, como tratei nos últimos dias em artigos como Lockdown maior em Gravataí e Cachoeirinha: ’A situação é de desespero’, diz Zaffa; Associo-me ao ’mimimi’ e O pior dia de nossas vidas: nunca se morreu tanto em Gravataí; ’Pelo amor de Deus, não temos mais como atender às pessoas infectadas’, apela prefeito.
Reporto os movimentos.
Patrícia Alba (MDB), deputada estadual de Gravataí, que é integrante da Comissão Externa de acompanhamento do processo de imunização da população gaúcha, se reuniu com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), nesta sexta em São Paulo.
Ao lado dos presidentes da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB); da Famurs, Maneco Hassen (PT) e do Grupo de Líderes Empresariais do Rio Grande do Sul (Lide-RS), Eduardo Fernandez, a ex-primeira-dama acordou a assinatura de um protocolo de intenções para a aquisição da vacina Coronavac pelos municípios gaúchos.
Na próxima quinta a comitiva gaúcha tem agenda na fábrica do Instituto Butantan, em São Paulo, que produzirá o imunizante.
Patrícia também visitou a farmacêutica União Química, que detém acordo para produção da fórmula russa contra o coronavírus no Brasil, a Sputnik V, e acompanhou a entrega de ofício que reforça o interesse do RS em adquirir a vacina para a população gaúcha.
– Estamos empenhados na busca pela vacina para os gaúchos. Sabemos que só a imunização em massa da população poderá trazer segurança para voltarmos às atividades, recuperarmos a economia e o mais importante: evitarmos mais mortes.
Na quinta, Luiz Zaffalon (Gravataí), Miki Breier (Cachoeirinha) e prefeitos que integram o Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), discutiram o processo de compra da vacina com o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), para garantir segurança jurídica à negociação.
A Granpal, com apoio de assessorias jurídicas das prefeituras, e representantes do laboratório que fabrica a vacina Sputnik V, já começaram as negociações por videoconferência.
Conforme a associação, a aquisição será opcional.
Cada dose da Sputnik V custa cerca de US$ 9.
O processo de compra tem início com uma manifestação de interesse assinada pelo município, informando o número de doses pretendidas, o que Zaffa e Miki farão.
Na segunda etapa da negociação, o laboratório envia a proposta comercial. No terceiro passo, as prefeituras encaminham o aceite da proposta, e o laboratório envia as doses.
O pagamento é feito apenas quando a vacina chega ao Brasil.
– Não é uma negociação fácil. Ninguém tem experiência em comprar vacinas, ainda mais neste momento de tanta procura internacional. O que garanto é que vou fazer de tudo para garantir doses para Gravataí. Dinheiro não tem sobrando, mas se tiver que deixar de pagar alguém, assim farei – explica o prefeito de Gravataí.
– Estamos buscando alternativas de compra, caso o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde não possa atender a todas as nossas necessidades.
A posição de Zaffa e Miki é a mesma:
– Não se trata de enfrentar o governo federal. Acontece que só a imunização em massa salva vidas e a economia – resume o prefeito de Cachoeirinha.
Nesta sexta o presidente Alan Vieira informou o prefeito de que a Câmara de Gravataí, em acordo com os 21 vereadores, vai disponibilizar orçamento para compra de vacinas, o que antecipei ainda em janeiro em Gravataí devolve 4 milhões; Não tira pedaço dar parabéns aos políticos.
Na Câmara de Cachoeirinha movimento semelhante já agita os bastidores. No ano passado a Câmara economizou mais de R$ 2 milhões.
Ao fim, como no discurso entidades empresariais defendem a "vacinação em massa", gostaria de ver na prática as megaempresas, e os maiores comércios de Gravataí e Cachoeirinha, também colaborando financeiramente com as prefeituras caso seja possível a aquisição de vacinas por municípios.
Cada pessoa vacinada, mesmo não sendo um ‘colaborador’, é um passo adiante para a salvação.
O momento é de contágio e desastre econômico com a pandemia, mas vacina é investimento e não gasto.
(se bem que, esperando pelos gigantes, o Banco de Alimentos de Gravataí anda vazio. Nesta semana, grupos de amigos e pequenos empresários fizeram doações, além do Dr. Levi ter doado mais uma vez seu salário de vice-prefeito, como aconteceu em fevereiro e tratei em Dr. Levi doa salário de vice-prefeito em cestas básicas).
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A fome é nossa vizinha.
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