Um dos principais objetivos com a padronização dos passeios públicos (calçadas) na zona central de Gravataí, parte da revitalização do Centro, era adaptar as vias às pessoas com mobilidade reduzida, como pessoas com deficiência, idosos e gestantes. Esse foi o compromisso firmado entre a 1ª Promotoria de Cível e a Prefeitura, em 2019, no qual o município se comprometeu a elaborar o projeto executivo, o cronograma para execução das obras e a notificação dos proprietários.
Na semana passada, Luís Carlos Bitencourt, de 56 anos, que possui deficiência visual desde os 11 anos, a convite do secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semurb), Adão de Castro, testou e aprovou as novas calçadas.
De acordo com o secretário, para que as calçadas atendessem a diretrizes técnicas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), o projeto das calçadas foi elaborado por uma empresa reconhecida nacionalmente por obras acessíveis.
– Tudo foi pensado para que o passeio atendesse a toda a população, mas especialmente às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, como idosos – explicou.
– Para a nossa associação, que auxilia os moradores com deficiência visual de Gravataí a se reinserir na sociedade, o Centro está se tornando um grande laboratório, por possibilitar que o cego possa caminhar sem esbarrar em obstáculos – observou Luís.
Com 60% das obras concluídas, os passeios com rotas acessíveis, com as obras tendo se iniciado ainda no governo do ex-prefeito Marco Alba, beneficiam não somente as pessoas com deficiência, mas os cerca de 30 mil pedestres que circulam diariamente pelo Centro de Gravataí. Para fazer uma comparação entre as calçadas que já estão prontas e os passeios que ainda não passaram pela revitalização, Luís circulou pelos dois tipos pisos e descreveu as novas como “ótimas”.
Ele lembrou ainda que o fato de a superfície ser lisa facilita a vida das pessoas com deficiência visual, que têm melhor orientação guiando-se pelo piso tátil. Com outro tipo de piso, por melhor que seja o material, se tiver ranhuras, dificulta para a pessoa com deficiência visual, que depende do contraste físico, para melhor se orientar com a bengala.
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