Protestos de caminhoneiros, financiados pelos patrões, teriam ramificação em Gravataí investigada pela operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que busca identificar mentores intelectuais, financiadores e incitadores de atos antidemocráticos ocorridos entre o fim de outubro de 2022 e janeiro de 2023.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Giro de Gravataí, em Operação contra atos antidemocráticos pode chegar em Gravataí, revela Estado de Minas, a partir de publicação feita pelo colunista do jornal Leandro Mazzini.
Evidências como fotos, áudios e vídeos indicam a participação de empresários e caminhoneiros na organização de manifestações e bloqueio de rodovias na cidade, como a ERS-118.
Os atos seriam associados ao 8 de janeiro de 2023, data em que golpistas invadiram os Três Poderes, em Brasília, e que tem entre os presos em flagrante um gravataiense; leia em Após um ano, gravataiense flagrado em atos golpistas do 8 de janeiro segue preso na Papuda, em Brasília; A Intentona Fascistoide.
O grupo investigado também teria organizado carreatas de Gravataí a Porto Alegre, em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao fim, essa associação entre caminhoneiros e seus patrões já denunciei em uma série de artigos publicados no Seguinte: em 2018, quando um locaute parou o país e ajudou na eleição de Jair Bolsonaro; leia alguns em Sou contra a greve dos patrões dos caminhoneiros ; Você, a vítima da greve dos caminhoneiros e O verdadeiro erro de Ester Ramos ao chamar golpistas de ‘palhacinhos’ foi ofender os artistas.
A ‘greve dos caminhoneiros’ entre junho e julho daquele ano eleitoral, que na verdade era uma ‘greve de patrões’, um locaute, custou para Gravataí R$ 1,2 milhão, como tratei em Conta da greve dos caminhoneiros é igual a um mês de repasse ao hospital.
Voltei ao tema em 2021, em A foto P&B do golpe: caminhoneiros protestam na ERS-118 em Gravataí; O ’MST do bolsonarismo’.
O ovo da serpente da pauta golpista, que notoriamente restava chocando, explodiu no 8 de janeiro.
Ontem, a serpente ganhou nome e sobrenome, Jair Bolsonaro, com as provas colhidas pela Polícia Federal e reveladas pela Operação Veritas.
Veritas que, do latim, significa verdade. A inspiração é a expressão bíblica que diz “e conhecerás a verdade e a verdade vos libertará”. No caso do ex-deprimente da república e seus milicos golpistas, logo será “conhecerás a verdade e a verdade vos aprisionará”.
Sem passaporte, Bolsonaro já é um preso no Brasil.
