Três a cada 10 pessoas que marcaram hora para fazer exames gratuitos para detectar a COVID-19 no ‘Testar Gravataí na Sua Comunidade’ não compareceram às unidades de saúde da família do Breno Garcia, Cohab C, Neópolis e São Vicente, nos dois últimos sábados.
O ‘fenômeno’, que se repete no agendamento de consultas, faz-me levantar uma polêmica: é tão desumano cobrar faltosos do SUS, como o fazem planos de saúde privados?
No Grande Tribunal das Redes Sociais, reputo que as condenações tenham ocorrido em maior número que a leitura do projeto 23/2020 enviado pela Prefeitura à Câmara no início do ano – e logo retirado, tal a grita.
A ideia era exigir que faltosos (observe: apenas pessoas com falta não justificada) precisassem depositar uma caução de 300 para poder usar novamente o SUS. Ao comparecer, o dinheiro seria devolvido. A cobrança não aconteceria em casos de urgência e emergência.
Apesar de politicamente um desastre, inconstitucional a proposta não era, ao menos conforme decisão do Tribunal Regional Federal da 4º Região sobre cobrança da taxa em Santa Maria.
Ao fim, há inúmeros outros assaltos diários aos SUS, mas inegável é que uma pessoa que falta uma consulta tira lugar de outra que – pegue o celular e teste – levou horas, ou dias, para conseguir marcar hora pelo teleagendamento.
Só o bolso educa? Entendo que não apenas, mas infelizmente também.
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