É pra frente que se anda e é pra frente que o Rio Grande do Sul tem que andar! @BetoAlbuquerque
A tuitada acima, do prefeito de Cachoeirinha Miki Breier, comemora o lançamento da pré-candidatura de Beto Albuquerque ao Palácio Piratini e confirma o plano do PSB de se colocar “para a frente”, em meio à polarização entre “direita e esquerda”.
É a tal ‘terceira via’.
O ato no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa teve aplausos de pé após críticas a Jair Bolsonaro, puxadas pelo próprio Beto, que perdeu para a covid-19 o pai, em 24 de junho, e a mãe, em 9 de julho.
– Queria que estivessem aqui – disse, em lágrimas.
– Esse presidente da república realmente não tem coração, não tem empatia. Meus pais foram vítimas dessa prova de vida, que mais é uma prova de morte, exigida pela Previdência Social. Recentemente, o PSB apresentou projeto para acabar com essa medida durante a pandemia, mas o governo vetou. Esse é mais um motivo pelo qual temos de tirá-lo do cargo que ocupa – acrescentou.
A candidatura, confirme-se ou não, se é o “dia do vou” para o duas vezes deputado estadual e quatro federal, ex-secretário de estado e candidato à vice-presidência de Marina Silva após o acidente fatal com o socialista Eduardo Campos, é o “dia do fico” para Miki Breier.
O prefeito de Cachoeirinha era assediado pelo PSD, para onde foi um integrante de seu grupo político, Luciano Azevedo, ex-prefeito de Passo Fundo, terra de Beto.
– Vou onde o Beto for – resumiu Miki, quando fui a sua casa entrevista-lo para o Seguinte: em Miki fala sobre tudo: fomos à casa do prefeito de Cachoeirinha; Assista.
A candidatura une os três grupos que se dividiram na eleição de José Stédile, também ex-prefeito de Cachoeirinha, para o comando estadual do PSB. O ex-deputado federal, que ao assumir como secretário de Obras e Habitação do governo Eduardo Leite (PSDB) se licenciou da presidência para o vice Mario Bruck assumir, também apoiou o nome de Beto:
– É um incrível momento de união partidária. Graças ao trabalho de construção feito pela direção estadual, estamos todos muito motivados para o próximo pleito. O PSB chegará forte como nunca em 2022 – disse Stédile.
– Basta olhar no rosto de cada socialista para ver a motivação. E faz todo o sentido: nunca tivemos um candidato com tantas chances de vencer a eleição para governador – concordou Mário Bruck, ligado a Stédile assim como Miki o é a Beto.
Ainda uma quimera, para o PSB de Cachoeirinha pode sinalizar uma reaproximação entre Miki e Stédile, cujo afastamento quase custou a eleição de 2020, vencida por 318 votos após um legado de quatro governos, desde 2000, com o ‘gringo’ e Vicente Pires. Reportei a crise socialista em artigos como Os ’anti-Miki’; silêncio de Stédile grita e Stédile vai demitir Vicente?; Ex-prefeito anti-Miki, alto salário no Estado, se associa à oposição (ou Situação B).
Na entrevista ao Seguinte: que citei acima, feita dia 26 de agosto, quando perguntei ao ex-prefeito se ainda estavam no mesmo grupo político, a resposta foi:
– Somos do mesmo partido.
Ao fim, aguardemos os próximos movimentos. A sobrevivência política vai reaproximar Miki e Stédile? Quando o partido sairá do governo Leite? Nacionalmente os socialistas cederão à sedução de Lula?
O que parece uma certeza é que o PSB não estará com o deprimente da república.
Aí Miki e Stédile concordam.
Para assistir na íntegra ao ato de lançamento clique aqui.