Doze CCs do PTB foram comunicados nesta sexta de que a partir de segunda estarão exonerados de diferentes secretarias da Prefeitura de Gravataí.
Apesar do silêncio do governo, a oficialização deve ser feita no Diário Oficial do dia 2.
Demorou para dezembro virar março.
O prefeito Marco Alba (MDB) já convivia com o constrangimento do vereador do partido, Jô da Farmácia, ter anunciado que sairia até o fim do ano do governo, o que não fez, apesar de já participar de agendas de campanha com Dimas Costa (PSD), candidato a prefeito pela oposição.
O único petebista que permanece é Claudio Santos, o 'Macaco', secretário do Desenvolvimento Urbano há nove anos, e que é uma indicação técnica.
O PTB vive uma guerra interna desde que Jô, que também é presidente municipal, não reconheceu votação realizada no ano passado em que 28 dos 45 membros do diretório decidiram ficar no governo – e com o mesmo grupo político com o qual o partido está desde 2011, após o golpeachment contra a prefeita Rita Sanco, que tirou o PT da Prefeitura, levou a interinidade de Nadir Rocha (MDB), ao mandato-tampão de Acimar da Silva e às duas gestões de Marco Alba.
Tratei da polêmica em artigos como PTB, um partido-partido em Gravataí, PTB de Gravataí em guerra; VAR do VAR, Bombas de Edir e Jô na guerra do PTB de Gravataí e Um indício de para onde vai o Jô.
Ao fim, aconteceu o que já se esperava. Era incompreensível um partido permanecer com CCs no governo e, ao mesmo tempo, na oposição com seu único vereador (eleito graças ao MDB, já que se Marco não aceitasse os cinco candidatos petebistas na coligação, o partido não teria representação na Câmara).
Como em política não existe espaço vazio, as demissões antecedem nomeações: ou o PTB define oficialmente ficar com o governo, e retoma os cargos, o que inevitavelmente levaria a uma saída de Jô, ou os CCs podem servir para a entrada no governo do PSB dos vereadores Carlos Fonseca e Paulo Silveira.
