O burburinho, sem muito alarde, se tornou realidade. A empresa Stadtbus, de Santa Cruz do Sul, ao menos com o seu nome oficial, já não opera as linhas municipais de ônibus de Cachoeirinha. A Procuradoria Geral do Município e a Junta Comercial aprovaram a cisão da empresa, e, desde 1º de fevereiro, a gestão do transporte municipal é da Transbus Transportes. Empresa que, conforme a Receita Federal, tem justamente a Stadtbus como sócia majoritária, e Adriana Wilke Marques, uma das sócias da Stadtbus, como administradora, com sede na Avenida Frederico Ritter, em Cachoeirinha.
O CNPJ da nova empresa está ativo desde setembro do ano passado, quando as tratativas para mudança da pessoa jurídica que faria a gestão do transporte local tiveram início.
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— Na prática, para o usuário, não mudou nada. A empresa segue sendo administrada pelo mesmo grupo, e a equipe que atua na cidade é a mesma — garante o gerente de operações da Transbus, Laurício Vasconcelos.
A Stadtbus operava na cidade desde o final de 2011, quando venceu o sorteio ao fim de uma pendenga judicial com a Transcal. O contrato fechou sete anos em vigor em dezembro de 2018. A licitação prevê dez anos de operação do sistema municipal. A expectativa é de que a Transbus cumpra os próximos três.
Perdas com a integração?
E o cartão de apresentação da nova — ou nem tão nova assim — empresa de transporte municipal é justamente a adaptação necessária no sistema de bilhetagem eletrônica e a integração prometida pelos governos municipal e estadual para o prazo de um mês.
— Essa hipótese de integrar o nosso sistema de bilhetagem ao TEU já havia sido levantada um tempo atrás e verificamos que é possível. Alguns testes foram feitos, mas agora vamos sentar com a Metroplan, a prefeitura e a ATM, e planejarmos essa mudança. A perspectiva do governo é de 30 dias para dar início à integração, mas ainda não conversamos sobre isso — diz Vasconcelos.
Segundo ele, uma possível perda de passageiros e de receita com a integração à Transcal em Cachoeirinha não é considerada, até o momento, uma preocupação da Transbus. O convênio prevê uma compensação, com o repasse de 20% dos valores de viagens integração à empresa municipal e 80% à metropolitana.
— Ainda é um modelo que estudaremos — resume o gerente.
Conforme o convênio firmado nesta quinta pela prefeitura e a Metroplan, em um mês de operação o sistema integrado será reavaliado, principalmente na questão de equilíbrio financeiro entre as empresas operadoras do sistema.