opinião

25 mil bolsonaristas descontentes no ’país’ Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha; O Retrato de Dorian Gray

Festa vitória de Bolsonaro em Gravataí | Foto ANDREO FISCHER

Se Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha formassem um país, Jair Bolsonaro teria sido eleito com sete em cada dez votos em 2018: 150.655 confirmas nas urnas dos três municípios. Aplicando a pesquisa Datafolha que avalia os primeiros seis meses de presidência, 25.610 eleitores que apostaram na aventura do ‘mito’ já avaliariam o governo como regular/ruim/péssimo. São 17%, ou quase dois a cada 10 dos bolsonaristas de oito meses atrás.

Em Gravataí, dos 95.935 votos, que corresponderam a 71,46% dos eleitores que foram às urnas, conforme a pesquisa atual 16.308 já estariam avaliando mal o governo.

Em Cachoeirinha, dos 51.143 votos (69,63%), 8.694 estariam descontentes.

Em Glorinha, onde o capitão de pijamas teve o maior índice, 76,03%, ou 3.577 votos. Conforme a pesquisa, 608 hoje estariam descontentes.

Cruzando os dados, nos últimos dois meses Bolsonaro caiu além da margem de erro de 2%. Os que não sabiam eram quatro e hoje apenas 1%, o que permite a leitura que migraram mais para o negativo que o positivo.

Apenas 26% dos que votaram em Bolsonaro se mostraram satisfeitos com o governo.

A Datafolha mostra que a ‘teoria da ferradura’ aproxima – mais à esquerda e à direita do que ao centro – duas bolhas ideológicas difíceis de furar. Da mesma forma que os ‘petralhas’, os ‘bolsominions’, com os 33% de aprovação no geral da pesquisa, começaram a representar um terço do eleitorado brasileiro. Em outubro eram 41% e em abril 37%.

O ‘mito’ segue menos populares entre as mulheres (29%) que homens (38%). 71% delas são pessimistas com o futuro do país.

Como ilustra qualquer foto das manifestações favoráveis a Bolsonaro & Cia, Sérgio Moro entre elas, a popularidade é maior entre brancos (42%) do que pardos (31%) e negros (25%); e os mais ricos garantem o maior índice de satisfação, 45%.

A Datafolha mostra que Bolsonaro tem a pior avaliação desde a era Collor (1990).

Se pesquisa é uma ‘fotografia do momento’, para Bolsonaro os primeiros 120 dias de governo foram O Retrato de Dorian Gray.

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