opinião

A real sobre ’gravataiense com coronavírus’ internada em Canoas; a cobra silenciosa

Informe Epidemiológico do Rio Grande do Sul publicado nesta segunda

Começo pelo que viralizou nas redes sociais, ainda que menos importante: o caso de paciente de Gravataí internada no Hospital de Canoas não tem confirmação de Covid-19.

O secretário da Saúde Jean Torman conversou nesta segunda como o secretário de Canoas, que na noite de domingo reportou a notificação em live no Facebook. Fernando Ritter informou que o caso da paciente que saiu do 24H para o hospital vizinho ainda não foi confirmado.

O boletim epidemiológico do Rio Grande do Sul divulgado há pouco não registra nenhum caso de infecção por coronavírus em Gravataí. Você acessa o documento oficial clicando aqui. São 34 notificações, 23 descartadas e 11 em análise.

Reputo a polêmica como ‘menos importante’, porque já devemos ter dezenas, centenas de casos em Gravataí. Uma confirmação não melhora nem piora a necessidade da ‘quarentena’.

Em meio ao ‘pânico nas redes’ na noite de domingo, postei em meu perfil de Facebook, e você pode comentar clicando aqui:

– Ao fim da pandemia (deste ano) seis a cada 10 terráqueos poderão ter contagiado o vírus. Mais da metade destes 60% não terá nem pigarro. Mas é potencial transmissor. Quanto mais veloz o contágio, menos leitos de UTI para tratar casos graves.

Em artigos como São urgentes decretos ’fecha tudo’ em Gravataí e Cachoeirinha; sem ’quarentena’, pior cenário precisaria 8 mil leitos de UTI, já tratei da probabilidade de uma catástrofe caso o ‘fecha tudo’ não seja adotado por governos e seguido pelo povo.

As estimativas são do governo alemão, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como o país que melhor tem enfrentado a crise do coronavírus.

Mais precisamente, a OMS calcula que 80% dos infectados se recuperam sem precisar de tratamento especial. E um em cada seis pacientes pode ter um agravamento do quadro, com dificuldades respiratórias sérias.

No início de março, a taxa de letalidade era de 3,5%. O público mais vulnerável são idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares).

Nesta segunda, mudou a tarefa na gincana em busca de casos de Covid-19 e suas teorias da conspiração, como o suposto acobertamento do governo em Gravataí, ou a falta de testes encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen).

Conforme GaúchaZH, o Governo do RS passará a fazer teste de coronavírus apenas em pacientes em situação grave, que necessitem de internação hospitalar. Para os demais casos, a orientação é a quarentena domiciliar por 14 dias. Há apenas uma exceção: profissionais das áreas de saúde e segurança. O objetivo é evitar que o número de trabalhadores nesses setores seja reduzido, caso haja a necessidade de afastamentos por sintomas gripais.

A medida foi adotada devido à declaração de que o Estado possui transmissão comunitária da doença. Já não é possível identificar a fonte de transmissão em solo gaúcho, o que indica que o vírus circula entre a população. Assim, a partir de agora, não haverá mais critérios para definir casos suspeitos, como viagens ao Exterior – protocolo que Gravataí seguia.

De acordo com a Vigilância em Saúde estadual, pessoas com sintomas de síndrome gripal deverão procurar atendimento em postos de saúde, evitando emergências de hospitais quando não houver sinais graves.

Os sintomas da síndrome gripal são febre de início súbito (acima de 37,8ºC, acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, mais um desses sintomas: dor muscular, nas articulações ou de cabeça). Nas crianças, os critérios são febre e outro sinal respiratório (tosse, coriza ou congestão nasal).

Para casos leves, a indicação é permanecer em casa por 14 dias, assim como para as pessoas que moram com o doente.

Os casos graves que farão a análise são os de síndrome respiratória aguda grave. Com isso, casos suspeitos da covid-19 serão investigados de forma semelhante aos de outros vírus respiratórios mais comuns em circulação no país, como os influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório.

Ao fim, inevitável é que, no Grande Tribunal das Redes Sociais, informados desinformados ou informados do mal sequem ou torçam no mórbido campeonato do coronavírus. Desde que fiquem em casa, como apela, com leucemia, Gustavo Carvalho da Silva, médico da nossa periferia, em Assista ao desabafo de médico de Gravataí sobre crise do coronavírus; entre a vida e a morte.

Quando no Informe Epidemiológico do RS a coluna TOTAL DE CASOS finalmente sair do zero em Gravataí, será apenas um registro na tela do computador ou do celular. O contágio invisível já é uma realidade. Como alerta Atila Iamarino, biólogo e doutor em microbiologia, a Covid-19 é como uma cobra silenciosa: você não percebe ela chegando. E quando percebe, pode ser tarde.

FIQUE EM CASA!!!

 

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