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Centro de triagem vai funcionar junto ao 24H na crise do coronavírus; a ’ideologia da vida’

De janelas abertas e cadeiras à distância, o prefeito promoveu na manhã desta sábado a reunião diária do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus

Postei este artigo no sábado com a manchete Gravataí terá ’hospital de campanha’ para crise do coronavírus; a ’ideologia da vida’. Abria o texto assim: "Um ‘hospital de campanha’ para atender pacientes com primeiros sintomas de coronavírus está sendo estruturado junto ao SUE 24H, em Gravataí". E explicava: "uso a expressão porque 'hospital de campo' serve para denominar uma unidade móvel de saúde, por vezes em tendas ou containers, que é utilizada para curto período de internação e destinada a atender feridos em combate. E estamos em guerra".

A Comunicação da Prefeitura me fez um apelo para não tratar o que será um 'centro de triagem' como um 'hospital de campanha', para não criar no imaginário da população a ideia de que uma grande estrutura física será criada. Por isso, alterei a manchete e suprimi da sequência do texto o 'hospital de campanha'. Errado não estava, mas concordo que anda difícil a interpretação de texto.

O restante do artigo segue o mesmo.

Siga as informações e, ao fim, comento.

A Prefeitura vai usar área física de 250 metros quadrados onde funcionava o Centro de Diagnóstico e também o Centro de Especialidade, que ano passado foram transferidos para o novo Centro de Saúde.

– Será uma triagem, um local de observação, para quando a estrutura da rede não suportar mais. É para pacientes ainda sem recomendação de internação em UTI. A grande maioria dos infectados ou não terá sintomas, ou apresentará sintomas leves – observa o secretário da Saúde.

Realista, Jean Torman diz que “não será um Moinhos de Vento”, mas seguirá todos os protocolos de atendimento, tanto para profissionais de saúde quando para acomodação de pacientes.

– Inicialmente teremos estrutura para cerca de 100 atendimentos por dia – projeta o secretário, que espera ter a estrutura pronta até o final da próxima semana, quando começa a se aproximar abril, conforme as estimativas do Ministério da Saúde, o mês de pico da pandemia no Brasil.

As obras começaram neste sábado. Serão espaços com poltronas, macas e camas hospitalares. A escolha do 24H se deu por, além de cumprir requisitos sanitários e burocráticos (já que até 2019 funcionavam ali dois serviços de saúde), a estrutura permitir rápida logística até equipamentos de raio-x e laboratório.

A localização, próximo à RS-118, também facilita a transferência de pacientes com sintomas agravados para UTI no Dom João Becker ou outros hospitais.

O investimento ainda não foi calculado, mas é o que menos preocupa o prefeito neste momento, conforme me relatou há minutos o secretário, que se preparava para nova live no Facebook da Prefeitura ao lado de Marco Alba, às 19h15.

Jean também está montando no gabinete uma central de monitoramento online e por videoconferência entre setores integrados ao Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, que tem a participação de técnicos como o pediatra Alessandro Lindner, coordenador médico da Secretaria da Saúde; o infectologista Eduardo Lutz, responsável técnico médico do Serviço de Assistência Especializada; Leonardo Medeiros Machado, chefe de divisão da Rede de Urgência e Emergência; e Vanessa dos Santos Prates, coordenadora dos Serviços Especializados. 

Além da página oficial da Prefeitura, que divulga dicas, informativos e o boletim epidemiológico diários, e você acessa clicando aqui, na próxima semana também será disponibilizado um 0800 para dúvidas e um serviço interno para troca de informações entre os profissionais de saúde.

– Se o médico tiver dúvidas sobre o protocolo com um paciente em Morungava poderá ligar para outro profissional para analisar o caso – explica o secretário.

Sigo elogiando as medidas tomadas pelos governos de Gravataí e Cachoeirinha quanto à ‘quarentena’, as estratégias de ampliação de equipes médicas e, agora, a construção de estruturas. São urgentes, necessárias e corajosas, pelo risco de mal compreendidas por desinformados, ou informados do mal.

Tudo pode – e, infelizmente, deve – ser pouco, como tratei nesta tarde em São urgentes decretos ’fecha tudo’ em Gravataí e Cachoeirinha; sem ’quarentena’, pior cenário precisaria 8 mil leitos de UTI, e em artigos como Hospital suspende cirurgias e Prefeitura tele e especialidades; estamos em guerra em Gravataí e Cachoeirinha e Gravataí prepara ’estratégia de guerra’ contra coronavírus; crise não é um meme.

O centro de triagem de Gravataí não será um Moinhos de Vento, como já alerta Jean, mas vai ajudar a desafogar os postos de saúde, a UPA e o hospital – e, se o cronograma for cumprido, com uma instalação em velocidade chinesa.

Ao fim, parabéns, Marco Alba, por mandar fazer, comprar e contratar, sem olhar para o caixa. Em tempos de Covid-19, mais estratégico que a ‘ideologia dos números’ é a urgência da 'ideologia da vida'.

E FIQUE EM CASA!!!

 

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Clica aqui para ler mais sobre a crise do coronavírus no site do Seguinte:

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