Gravataí terá higienização dos espaços públicos dentro da ‘operação de guerra’ para atrasar a disseminação da Covid-19. A decisão foi tomada na reunião da manhã deste domingo do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, na Prefeitura.
O prefeito Marco Alba pediu para o secretário de Serviços Urbanos Paulo Garcia buscar inclusão do serviço em contratos de limpeza já firmados pelo município. Caso não seja possível, será feita uma contratação emergencial. A Procuradoria Geral já estuda o trâmite mais rápido.
– O pedido do prefeito é para resolvermos em 24 horas – diz o secretário.
A ideia é desinfetar, com o uso de caminhão e lava jato, a frente e o entorno de locais como o hospital Dom João Becker, a UPA, postos de saúde, supermercados, farmácias, paradas de ônibus e outros pontos de maior circulação de pessoas.
Gravataí seguirá o exemplo de Jaraguá do Sul, município catarinense de 177.697 habitantes e que teve confirmado primeiro caso de Covid-19 na manhã deste sábado.
Reportagem de Bianca Bertoli no NSC Total informa que o processo é o mesmo que parte da Europa está adotando.
– O produto utilizado é um sanitizante formulado especialmente para higienização e desinfecção de locais e superfícies com potencialidade de contaminação do novo coronavírus. Conforme a empresa responsável pelo serviço, o material utilizado não faz mal à saúde e após 15 minutos da aplicação as pessoas podem voltar a usar os espaços – reporta a jornalista.
Siga o vídeo da reportagem e, depois, comento.
Analiso.
Gravataí não tem nenhuma confirmação de Covid-19, ainda. Mas é questão de horas, talvez. Já há casos positivos em municípios vizinhos ou próximos, como Porto Alegre, Viamão, Alvorada e Canoas. O Rio Grande do Sul atingiu 71 casos no sábado em que se projetava 50.
Higienizar locais que ainda terão circulação de pessoas é uma boa medida do prefeito, principalmente porque seu novo decreto publicado na noite deste sábado ainda permite o funcionamento de alguns tipos de estabelecimentos comerciais que não são essenciais.
Inevitavelmente, e assim que se aproximar abril e o colapso no sistema de saúde, como tratei em São urgentes decretos ’fecha tudo’ em Gravataí e Cachoeirinha; sem ’quarentena’, pior cenário precisaria 8 mil leitos de UTI, a ‘quarentena’ será mais rigorosa.
Ao fim, a operação de higienização, com homens vestindo macacões de isolamento e portando lava jato, como em filmes apocalípticos, talvez ajude assustar um pouco mais aqueles que podem ficar em casa, mas insistem em circular por Gravataí como se estivéssemos em um feriadão entre o Natal e o Ano Novo – e não restássemos alvos de uma pandemia catastrófica, para a saúde e a economia, que no cenário mais trágico pode ter cerca de 500 casos e, pelo menos, 20 mortes.
Ah, a limpeza dos locais, mesmo diária, não reduz a necessidade da higiene pessoal.
Lave as mãos.
E FIQUE EM CASA!!
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