O governador vai passar para os prefeitos o 'pincel de colorir mapinha', a partir do sábado da semana que vem, até quando dura a bandeira 'rosa' e será extinto o Distanciamento Controlado no Rio Grande do Sul.
Eduardo Leite (PSDB) apresentou a proposta a líderes empresarias, baseada em ‘3 as’.
Siga os principais traços antecipados pelo governo e, abaixo, sigo.
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1. Protocolos gerais
Definidos pelo governo estadual, devem ser seguidos pela população, em todas as atividades e em todos os municípios. Por exemplo: uso correto de máscara, distanciamento mínimo, higiene das mãos e ventilação e circulação de ar, ocupação de espaços coletivos em horários diferentes, trabalho remoto, proibição de aglomerações etc.
: Protocolos de atividades
1. Obrigatórios: definidos pelo governo estadual, são específicos e devem ser seguidos pela população em cada atividade, em todos os municípios.
2. Variáveis por região: definido pelo governo estadual como padrão para cada atividade, considerando o risco e o quadro atual da pandemia no Rio Grande do Sul. Poderão ser ajustados por uma região para adequá-los à sua realidade, desde que cumpram os requisitos mínimos (adesão de 2/3 das prefeituras, definição de responsável técnico e elaboração de plano de fiscalização).
Como será o monitoramento
A equipe técnica do governo do Estado, representada pelo GT Saúde do Comitê de Dados, seguirá analisando permanentemente o quadro da pandemia. Dados das 21 regiões Covid, das sete macrorregiões e do Estado como um todo serão acompanhados diariamente.
Os indicadores, porém, não serão pré-fixados. Isso permite a ampliação da gama de informações para identificar novas tendências de crescimento.
O sistema de bandeiras de acompanhamento semanal será substituído por um painel de indicadores com acompanhamento diário e instrumentos de governança entre Estado e regiões: aviso, alerta e ação – chamados de “três as”. Ou seja, o alerta emitido pelo GT Saúde poderá ser feito a qualquer momento, conforme a situação dos indicadores.
Boletins diários regionais serão publicados em site único, com decretos, portarias, boletins, protocolos e materiais de comunicação. O site ainda está em construção.
O que são os “três as”
: Aviso: quando detecta uma tendência, o GT Saúde emite um aviso para a equipe técnica da região. A partir daí, a região deverá redobrar a atenção para o quadro da pandemia.
: Alerta: quando detecta uma tendência grave, o GT Saúde informa o Gabinete de Crise sobre a necessidade de emitir um alerta para a região. A partir daí, o Gabinete de Crise decide se deve emitir ou não esse alerta para a região, que seguirá sendo monitorada.
: Ação: se o Gabinete de Crise decidir emitir um alerta, a região terá 48 horas para responder sobre o quadro regional da pandemia e apresentar uma proposta de ações a serem tomadas. Se a resposta da região for considerada adequada, a proposta é aplicada imediatamente, e a região segue sendo monitorada pelo GT Saúde. Caso a resposta não seja adequada, o Estado poderá intervir e estipular ações adicionais a serem seguidas.
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Sigo eu.
A explicação do governador resume bem a aquarela gaudéria, cujo fim já tinha antecipado em artigos como omo um meme, Leite pintou o mapinha: Gravataí e Cachoeirinha em bandeira vermelha; 50 tons de alguma cor para volta às aulas e O jeitinho de Leite: Gravataí e Cachoeirinha vão para bandeira vermelha; O Ministério da Verdade decreta a Mentira.
– Ao longo deste um ano de enfrentamento da pandemia, foram necessários ajustes no Distanciamento Controlado, como a criação da salvaguarda quando tivemos a mais grave onda de casos e internações, em fevereiro, mas mesmo no ano passado houve outras mudanças necessárias para que pudéssemos ter as restrições adequadas ao momento a partir de 11 indicadores e uma fórmula matemática, mas que acabou tornando-o complexo – disse, acrescentando:
– O modelo funcionou até aqui, sim, foi efetivo e importante, mas acreditamos que agora, com todo o aprendizado que já temos e na situação mais confortável que nos encontramos, a análise de risco pode ser mais ampla e mais aberta, com análise e decisões mais autônomas no nível local, em um formato mais simplificado.
Ao fim, sai a "complexa" ciência dos indicadores, e entra a política, em um momento de estabilidade da pandemia, mas em um platô, em Gravataí e Cachoeirinha, ainda nas alturas do Morro do Itacolomi e do Edifício Madri.
Aguardemos não esteja certo, mais uma vez, como ao antecipar a segunda onda, Miguel Nicolelis, que diz ver no horizonte brasileiro uma terceira onda da COVID-19, como reportei em O ’caminho da extinção’: Gravataí volta ter mais nascimentos que óbitos; O Nostradamus da pandemia e a profecia da terceira onda, ao apresentar os dados de abril, segundo pior mês em um ano de pandemia.
– O General Inverno vem aí – alerta o neurocientista que é uma referência mundial.
A terceira onda chegaria com o Hospital de Campanha de Cachoeirinha fechado e Gravataí com uma redução de 99 leitos covid em março para 38 em abril, o que, como informou ontem o ‘Garganta Profunda’ do Olhar Gravataí, faz com que de cada três internados um tenha que aguardar leito.
Cuidem-se, neste Dia das Mães.
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